sábado, 28 de abril de 2012

O Catecismo da Igreja Católica


Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller
TEMA 18: JESUS CRISTO FUNDOU A IGREJA
INTRODUÇÃO:
Ensina o Concílio Vaticano II que, "sendo Cristo a luz das gentes..., deseja ardentemente iluminar a todos os homens (...) luz esta que resplandece sobre o rosto da Igreja, anunciando o Evangelho a todas as criaturas" (Lumem Gentium, 1). Fica claro, pois, que a Igreja depende inteiramente de Cristo, como a luz da lua depende do influxo do sol. Já dizia Santo Agostinho que a Igreja é Cristo entre nós: suas mãos continuam a nos curar (os sacramentos da Igreja), sua boca continua a nos falar (a doutrina santa que a Igreja prega). A Igreja continua a missão de Cristo, e foi para isso que Ele a fundou. Quando professamos a fé, no Símbolo, dizemos: " Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica". Ela é a Mãe que cuida de nós com os sacramentos e com a doutrina de Jesus Cristo, conduzindo- nos para o céu.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Jesus Cristo fundou a Igreja para continuar sua obra na terra
Jesus Cristo veio à terra para nos remir e nos salvar, mas tinha que voltar ao Pai. Como a Redenção que Ele tinha conseguido para nós tinha necessidade de chegar a toda a humanidade, Cristo funda a Igreja com a missão de continuar na terra o plano divino da salvação, sua obra salvadora. A Igreja, portanto, não é invenção humana, mas algo querido expressamente por Deus.
2. O que é a Igreja
A palavra igreja significa "convocação", termo muito próprio porque a Igreja é o novo povo de Deus convocado pela Palavra e constituído pela graça que nos é dada pelos sacramentos, fundado por Jesus Cristo e regido pelo Papa e pelos bispos, que conduzem os fiéis cristãos à salvação sob a ação do Espírito Santo. Na Sagrada Escritura encontramos outras expressões que equivalem ao termo Igreja: Reino de Deus, Novo Povo de Deus, Corpo de Cristo,... Começamos a fazer parte da Igreja no dia de nosso Batismo, que nos faz discípulos de Cristo, como aqueles que seguiam ao Senhor.
3. A fundação da Igreja
O Evangelho narra os passos sucessivos com os que Cristo fundou "sua Igreja". Começou pregando o Reino de Deus, escolheu logo os doze Apóstolos aos quais deu poderes especiais, e a um deles -Pedro- o designou seu vigário na terra, entregando-lhe o poder supremo sobre toda a Igreja. Fez muitos milagres para demonstrar que -com Ele- tinha chegado o Reino de Deus. Com sua morte na cruz conseguiu a salvação de toda a humanidade, e a última pedra desta construção magnífica foi a vinda do Espírito Santo, que enviou desde o céu, no dia de Pentecostes.
4. O mistério da Igreja
Podemos dizer que Cristo edificou sua Igreja dotando-a de características especiais, pelas quais é distinta das demais sociedades que conhecemos. A Igreja é humana e divina ao mesmo tempo, visível e invisível. Também é hierárquica e carismática, ainda que os carismas estejam subordinados à hierarquia, que governa em nome de Cristo, sob a ação do Espírito Santo, doador dos carismas.
5. Cristo fundou uma única Igreja e a Igreja Católica é esta verdadeira Igreja
Cristo fundou uma única Igreja; Ele falou de um só rebanho e um só pastor. A verdadeira Igreja fundada por Cristo é UNA, SANTA,. CATÓLICA e APOSTÓLICA, como dizemos no Credo.
  • É UNA, porque tem um só pastor visível, o Papa, uma mesma fé e os mesmos sacramentos.
  • É SANTA, porque Santíssimo é seu fundador, Jesus Cristo, santa a sua Doutrina e santos os Meios para nos fazer santos (os sacramentos). Ainda mais, sempre existiram e sempre existirão santos na Igreja.
  • É CATÓLICA, que significa universal, porque chama a todos a seu seio e está estendida por toda a parte. Durará até o fim do mundo e em todos os lugares é a mesma: o mesmo Papa, o mesmo Credo, os mesmos Sacramentos.
  • É APOSTÓLICA, porque está fundamentada (alicerçada) sobre os Apóstolos e ensina a doutrina que eles ensinaram. O Papa e os bispos são os legítimos sucessores de Pedro e dos demais Apóstolos. A Igreja de Jesus Cristo é hoje a Igreja Católica, porque só nela cumprem-se estas quatro propriedades e é a única que possui todos os meios de salvação que Cristo quis dar à sua Igreja.
6. Amar a Cristo é amar a sua Igreja
Diz São Cipriano que "não pode ter a Deus por Pai quem não tem a Igreja como Mãe". Depois de saber um pouco mais o que é a Igreja, entendemos ser um grande erro aceitar a Cristo e recusar a Igreja, Seria uma atitude contraditória, porque Jesus Cristo a instituiu para pregar sua doutrina e administrar a graça aos homens, como instrumento de salvação.
7. Deveres que temos para com a Igreja
Que presente maior poderia ter-nos dado o Senhor do que este: ser membros de sua Igreja? Por isto, com agradecimento e amor, devemos dizer sempre: " Creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica". Os deveres para com nossa Mãe, a Igreja são:
  • Crer no que a Igreja nos ensina;
  • Cumprir o que nos manda;
  • Ama-la de verdade, sentindo-nos felizes e honrados de pertencermos a ela;
  • Rezar por seus pastores: o Papa, os bispos, os sacerdotes e todos os irmãos
  • Ajuda-la em suas necessidades, segundo nossas possibilidades.
8. Propósitos de vida cristã
  • Dar muitas graças a Deus pela Igreja.
  • Meditar esta frase de São Cipriano, tirando muitas conseqüências práticas para nossa vida: "Não pode ter a Deus por Pai, quem não tem a Igreja por Mãe".
Esta página é melhor visualizada na resolução 800x600 ou maior

Padres da Igreja

Padres da Igreja, Santos Padres ou Pais da Igreja foram influentes teólogos, professores e mestres cristãos e importantes bispos. Seus trabalhos acadêmicos foram utilizados como precedentes doutrinários para séculos vindouros. Os padres da Igreja são classificados entre o século II e VII.[1][2] O estudo dos escritos dos Padres da Igreja é denominado Patrística.[3]
As Igrejas Católica e Ortodoxa acreditam que os padres da Igreja proporcionam a interpretação correta da Sagrada Escritura, registraram a Sagrada Tradição e distinguiram entre as autênticas doutrinas das heresias.[4]



Índice

 [esconder

[editar] Padres Apostólicos

Os primeiros Padres da Igreja (dentro de duas gerações após os Apóstolos de Cristo), são normalmente chamados de Padres ou Pais Apostólicos. Padres Apostólicos importantes incluem Clemente de Roma,[5] Inácio de Antioquia e Policarpo de Esmirna. Além disso, os textos Didaquê e Pastor de Hermas são normalmente colocados entre os escritos dos Padres Apostólicos, embora os seus autores sejam desconhecidos.

[editar] Clemente de Roma

Sua primeira epístola (c 96),[5] foi copiada e amplamente lida na Igreja dos primeiros séculos. Clemente convida os cristãos de Corinto a manter a harmonia e a ordem.[5] Ela é a primeira epístola cristã fora do Novo Testamento. Clemente foi o quarto Papa e Bispo de Roma e sua epístola afirma o primado papal.[6]

[editar] Inácio de Antioquia

Santo Inácio de Antioquia (também conhecido como Teóforo) (c . 35-110)[7] foi o terceiro Bispo ou Patriarca de Antioquia e um aluno do Apóstolo João e provavelmente foi ordenado pelo próprio Pedro,[8]. Inácio foi martirizado em Roma. Ele escreveu uma série de cartas que foram preservadas como um exemplo da teologia dos primeiros cristãos. Tópicos importantes abordados nessas cartas incluem os sacramentos, a mariologia, o papel dos bispos, a guarda do domingo,[9] a unidade e infalibilidade da Igreja, a catolicidade, e o primado papal.[6][10] Ele é o segundo depois de Clemente a mencionar as epístolas de Paulo.[5]

[editar] Policarpo de Esmirna

São Policarpo de Smyrna (c. 69 - c. 155) foi bispo de Smyrna (atualmente İzmir na Turquia). Sua vida é narrada nas Epístolas de Santo Inácio, em sua própria epístola aos Filipenses e em algumas passagens de Ireneu de Lyon. Há registros de que ele foi discípulo de São João Evangelista, autor do Quarto Evangelho, ou João, o Presbítero.[11] Em 155, Policarpo tentou persuadir o Papa Aniceto, para que o Ocidente celebrasse a Páscoa, em 14 de Nisan, como no Oriente. O Papa rejeitou a sugestão de que o Oriente usasse a data ocidental[11], assim Policarpo sugere o primado papal. Em c. 155, os esmirnenses exigiram a execução de Policarpo por ser cristão, e ele foi queimado vivo, como um mártir, os seus restos foram recuperados como relíquias e venerados.[12].

[editar] Padres gregos

Aqueles que escreveram em grego são chamados de Padres ou Pais gregos. Padres gregos famosos incluem: Irineu de Lyon, Clemente de Alexandria, Atanásio de Alexandria, João Crisóstomo, Cirilo de Alexandria e os Padres ou Pais da Capadócia (Basílio de Cesareia, Gregório Nazianzeno, Pedro de Sebaste e Gregório de Nissa), e Máximo, o Confessor.

[editar] Irineu de Lyon

Santo Irineu, (século II - c. 202), foi Bispo de Lugdunum na Gália (atualmente Lyon, França). Seus escritos foram importantes no desenvolvimento da teologia cristã, ele foi um notável apologista cristão. Ele também foi um discípulo de Policarpo, que foi um discípulo de João Evangelista.
Seu escrito mais conhecido, Contra as heresias (c. 180) enumerou as heresias e as atacaram, especialmente o Gnosticismo.[6] Ele enfatizou os elementos tradicionais da Igreja, especialmente o episcopado, a Escritura e a Tradição [6]. Irineu escreveu que a única maneira para os cristãos manterem a unidade era aceitar a autoridade dos concílios e o primado papal.[6] Irineu também defendeu a canonicidade dos quatro evangelhos [13].

[editar] Clemente de Alexandria

Clemente de Alexandria (nascido Tito Flávio Clemente, em latim Titus Flavius Clemens; c. 150 - c. 215), foi um membro notável da Igreja de Alexandria e um de seus mestres mais ilustres. Ele foi professor de Orígenes.[14] Seus ensinamentos mais característicos são a insistência sobre a similaridade entre a fé cristã comum e a ciência, assim como sua interpretação alegórica do Antigo e Novo Testamento e sua defesa da Tradição.[14]

[editar] Orígenes de Alexandria

Pintura de Orígenes.
Orígenes, Adamâncio (Adamantius, c. 185 – c. 254) foi um egípcio[15] que ensinou em Alexandria, onde Clemente havia ensinado. O patriarca de Alexandria, o apoiou inicialmente, mas posteriormente ele seria expulso por ter sido ordenado sem a permissão do patriarca. Ele mudou-se para Cesareia Marítima e morreu ali[16] depois de ter sido torturado durante uma perseguição.
Usando seu conhecimento de hebraico, ele corrigiu a Septuaginta.[5] Ele escreveu comentários sobre todos os livros da Bíblia.[5] Ele também articulou a primeira exposição filosófica da doutrina cristã,[5] interpretou a Escritura de maneira alegórica,[5] e professou explicitamente o primado papal.[17]
Alguns de seus escritos são polêmicos e alguns estudiosos sugerem que Orígenes acreditaria na reencarnação da alma sucessivas vezes[18], outros estudiosos porém afirmam que não há nenhuma prova que Orígenes acreditava na reencarnação[19]. Muitos de seus pontos de vista sobre a Trindade e a matéria foram declaradas anátema no século VI.[20][21]

[editar] Atanásio de Alexandria

Iconografia de Atanásio de Alexandria.
Atanásio de Alexandria (c. 2932 de maio de 373) foi um teólogo egípcio, Patriarca de Alexandria e um notável líder do século IV. Ele é lembrado por seu papel no conflito contra o Arianismo[22] no Primeiro Concílio de Niceia (325). Atanásio defendeu os cânones do Novo Testamento, incluindo todos os livros aceitos[22] (as listas anteriores omitiam alguns livros) e sua relação com o Papa Júlio I é um exemplo do primado papal.[22]

[editar] Cirilo de Alexandria

Cirilo de Alexandria (c. 378-444) foi um teólogo e Patriarca de Alexandria. Cirilo escreveu extensivamente e foi um protagonista principal nas controvérsias cristológicas do século IV tardio e do início do século V. Ele foi uma figura central no Primeiro Concílio de Éfeso em 431. Cirilo é considerado tanto um dos Padres da Igreja quanto um Doutor da Igreja. Cirilo defendeu a união perfeita entre as duas naturezas de Cristo, desenvolveu a mariologia, e sua relação com o Papa Celestino I é um exemplo do primado papal.[23] Sua reputação no mundo cristão, tem resultado em seus títulos "Pilar da Fé" e "Selo de todos os Padres".[24]

[editar] João Crisóstomo

João Crisóstomo (c. 347 - c. 407), Patriarca de Constantinopla, é conhecido como uma pregador, teólogo e liturgista. João é conhecido por ser contra o abuso da riqueza, pela defesa do auxílio aos pobres,[25] pela veneração [26] e sua relação com o Papa Inocêncio I é um exemplo do primado papal.[27] Depois de sua morte (ou, segundo algumas fontes, durante a sua vida), foi lhe concedido o sobrenome grego Chrysostomos (transliterado como Crisóstomo), que significa "boca de ouro".[26]

[editar] Padres da Capadócia

Os Pais ou Padres da Capadócia promoveram a teologia cristã, e são muito respeitados nas igrejas ocidentais e orientais como santos. Eles viveram no século IV – de forma monástica, liderados pela Abadessa e Santa Macrina, a Jovem, que forneceu um local central para seus irmãos estudarem e meditarem, e também para proporcionar um refúgio de paz para a sua mãe. Macrina promoveu a educação e o desenvolvimento de três homens que se tornaram bispos e são coletivamente designados os Padres da Capadócia; Basílio de Cesareia, Gregório de Nissa, e Pedro de Sebaste.
Esses estudiosos, juntamente com um amigo próximo, Gregório Nazianzeno, fizeram contribuições importantes para a definição dogmática da Trindade finalizado no Primeiro Concílio de Constantinopla em 381.[28]

[editar] Basílio de Cesareia

São Basílio, o Grande (c. 3291 de Janeiro de 379)[29], teólogo e bispo da Cesareia, foi um importante liturgista, ele também defendeu a veneração[30] e o primado papal[29]. Através de seus exemplos e ensinamentos Basílio efetuou uma notável moderação nas práticas austeras que anteriormente eram característicos da vida monástica.[31]

[editar] Gregório de Nissa

Gregório de Nissa (? - após 385 ou 386) foi um teólogo e bispo de Nissa, ele defendeu o asceticismo e a castidade.[32] A maioria de seus escritos tratam da Sagradas Escrituras, ao qual Gregório interpretava alegoricamente inspirando-se em Orígenes.[32]

[editar] Pedro de Sebaste

Pedro de Sebaste (c. 340 – 391) foi um teólogo e bispo de Sebaste, assim como seus irmãos ele defendeu o asceticismo e a castidade.[33]

[editar] Gregório Nazianzeno

Gregório Nazianzeno (330[34] – 25 de Janeiro de 389 ou 390), também conhecido como Gregório de Nazianzo ou Gregório, o Teólogo, foi Patriarca de Constantinopla e é considerado um dos mais notáveis padres da Igreja[35]. Inicialmente ele pertencia a um seita herética e foi convertido ao catolicismo por sua esposa.[29]
Ele abordou sobre as responsabilidades dos funcionários da Igreja[35], a natureza do Espírito Santo,[36] e antes de assumir seu episcopado, aceitou o primado papal[29]. Ele também é um Doutor da Igreja.

[editar] Padres latinos

Aqueles pais que escreveram em latim são chamados de Padres ou Pais latinos. Os Padres latinos mais famosos incluem Tertuliano (que posteriormente se converteu para o Montanismo), Cipriano de Cartago, Leão, o Grande, Gregório, o Grande, Agostinho de Hipona, Ambrósio de Milão e Jerônimo de Strídon.

[editar] Tertuliano

Pintura de Tertuliano.
Quinto Setímio Florente Tertuliano (em latim: Quintus Septimius Florens Tertullianus; c. 160 - c. 225), se converteu ao cristianismo antes de 197, foi um escritor prolífico de apologética, obras teológicas e ascéticas.[37] Ele era filho de um centurião romano. Tertuliano era um advogado em Roma.[38]
Ele denunciou doutrinas cristãs que considerava heréticas. Tertuliano defendeu a Santíssima Trindade, desenvolveu a mariologia, e é homenageado como o “Pai da Igreja Latina”.[39] Após 206 ele se juntou aos montanistas, uma seita herética que aceitava o seu rigorismo.[37] Algum tempo depois ele se separou dos montanistas e fundou uma seita de sua autoria. Os tertulianistas restantes foram reconciliados com a Igreja Católica por Santo Agostinho.[38] Ele demonstrou-se contra o primado papal defendido pelo Papa Calixto I.[40]

[editar] Cipriano de Cartago

São Cipriano (nascido Táscio Cecílio Cipriano; ? - 14 de setembro de 258) foi bispo de Cartago e um importante escritor da Igreja no século III. Ele provavelmente nasceu no Norte da África, talvez em Cartago, onde recebeu uma excelente e clássica educação pagã. Após sua conversão ao cristianismo, tornou-se bispo (249) e, eventualmente, morreu como mártir em Cartago. Cipriano teve um papel importante no cisma provocado pelo Antipapa Novaciano, demonstrando-se fiel ao Papa Cornélio e sugerindo o primado papal.[41] Cipriano acreditava que os pecadores que mostrassem contrição e arrependimento verdadeiro podiam ter seus pecados perdoados. Ele convocou e dirigiu diversos sínodos em Cartago para tratar do assunto do re-batismo dos heréticos[42].

[editar] Ambrósio de Milão

Santo Ambrósio (c. 338- 4 de abril de 397), foi um teólogo e bispo de Milão que se tornou uma das figuras eclesiásticas mais influentes do século IV. Ele escreveu sobre os sacramentos, especialmente a confissão[43], a Trindade, a salvação pela fé e boas obras,[43] e se dedicou ao estudo da mariologia.[44]

[editar] Jerónimo de Strídon

Jerónimo de Strídon (c. 347 - 30 de setembro de 420) é mais conhecido como o tradutor da Bíblia do Grego e Hebraico para o Latim, a Vulgata, sob proteção do Papa Dâmaso I, que permanece como um texto importante da liturgia e culto da Igreja Católica e é considerado como um Doutor da Igreja. Jerónimo também foi um Apologista cristão. Seus escritos são extensos[45] e trataram sobre a exegese e a mariologia.[46]

[editar] Agostinho de Hipona

Pintura de Santo Agostinho, Universidade do Texas, em Austin.
Agostinho de Hipona (13 de novembro de 354 - 28 de agosto, 430), bispo de Hipona, foi um filósofo e teólogo. Agostinho é uma das figuras mais importantes do cristianismo. Ele moldou o conceito de pecado original e desenvolveu a crença da Igreja como a cidade espiritual de Deus (em um livro de mesmo nome), distinta da cidade material do homem.[47] Santo Agostinho também desenvolveu a teoria da Predestinação que foi retomada, no século XVI, por Lutero e Calvino, figuras importantíssimas na Reforma Protestante. Agostinhho também defendia o primado e infalibilidade papais.[48] Seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval.
Agostinho nasceu na Argélia, sua mãe era cristã, Santa Mônica. Ele foi educado no Norte da África e resistiu às expectativas de sua mãe para se tornar cristão. Ele tomou uma concubina, e tornou-se um Maniqueísta. Posteriormente ele se converteu ao catolicismo, tornou-se um bispo, e lutou contra as heresias, como o Pelagianismo. Suas obras ainda são lidas em todo o mundo.

[editar] Leão, o Grande

Leão I, o Grande (c. 400 - 10 de novembro de 461) foi papa de 440 a 461. Ele nasceu na Toscana. Leão defendeu categoricamente a união perfeita entre as duas naturezas de Cristo, e o primado papal.[49] Ele também é um Doutor da Igreja.

[editar] Gregório, o Grande

Gregório I, o Grande (c. 540 - 12 de março de 604) foi papa de 590 até sua morte. Seus escritos e métodos teológicos seriam marcantes na Idade Média. Seu estilo de canto é denominado de “canto gregoriano”. Ele defendeu o primado papal.[50] Gregório é o santo padroeiro dos músicos, cantores, estudantes e professores.[51] Ele também é um Doutor da Igreja.

[editar] Padres do Deserto

O Padres do Deserto foram clérigos monásticos que viveram no deserto egípcio, apesar de não terem escrito tanto, a sua influência também é grande. Padres do Deserto são Antônio, o Grande e São Pacômio.

[editar] Antônio, o Grande

Antônio, o Grande (c. 251-356) foi um teólogo e monge, um dos primeiros a viver no deserto, uma mudança geográfica que parece ter contribuído para a sua notoriedade.[52] É considerado o “Pai de Todos os Monges”. Ele defendeu um estilo de vida baseado no asceticismo, jejum, oração, castidade e ajuda aos pobres.[53]

[editar] Abba Pacômio

Abba Pacômio (c. 292-348), também conhecido como Pacômio ou Pakhom, cujo nome significa "o falcão”, foi o fundador do monasticismo cenobita. Ele nasceu em Tebas, e, quando recrutado pelo exército romano, recusou-se a servir e foi preso, sendo cuidado por cristãos. Quando libertado, foi convertido e batizado, passando a seguir uma vida asceta e a defender o asceticismo.

[editar] Ver também

Referências

  1. Fathers of the Church, New Advent, Catholic Encyclopedia.
  2. Church Father (Christianity) - Encyclopedia Britannica online
  3. Patrística - Os Escritos dos Santos Padres da Igreja. Veritatis Splendor. Página visitada em 22-1-2010.
  4. Pomazansky, Protopresbítero Michael. Orthodox Dogmatic Theology (em russo). Platina, CA: Saint Herman of Alaska Brotherhood, 1973 (trad. para o inglês publ. 1984). 37 p.
  5. a b c d e f g h Durant, Will. Caesar and Christ. New York: Simon and Schuster. 1972
  6. a b c d e Cross, F. L., ed. The Oxford Dictionary of the Christian Church. New York: Oxford University Press. 2005
  7. Ver "Ignatius" in The Westminster Dictionary of Church History, ed. Jerald Brauer (Philadelphia: Westminster, 1971) e David Hugh Farmer, "Ignatius of Antioch" in The Oxford Dictionary of the Saints (Nova York: Oxford University Press, 1987).
  8. RAY, Stephen. Upon this Rock. San Francisco, CA: Ignatius Press, 1999. p.119.
  9. EPISTLE OF IGNATIUS TO THE MAGNESIANS, chapter IX
  10. St. Ignatius of Antioch. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  11. a b St. Polycarp. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  12. Cave, Primitive Christianity: or the Religion of the Ancient Christians in the First Ages of the Gospel. 1840, ed. revisada de H. Cary. Oxford, Londres, pp. 84-85).
  13. Brown, Raymond E. An Introduction to the New Testament, p. 14. Anchor Bible; 1ª ed. (13 de outubro de 1997). ISBN 978-0385247672.
  14. a b Clement of Alexandria. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  15. George Sarton (1936). "The Unity and Diversity of the Mediterranean World", Osiris 2, p. 406-463 [430].
  16. About Caesarea
  17. Bercot, David W. Dictionary of Early Christian Beliefs, p. 516. Hendrickson Publishers. 1998. ISBN 1565638700
  18. MacGregor, Geddes. Reincarnation in Christianity (1978)
  19. Ante-Nicene Fathers/Volume IX/Origen on Matthew/Origen's Commentary on Matthew/Book XIII/Chapter 1 - Wikisource. Wikisource (19 de abril de 2009). Página visitada em 30-7-2009.
  20. The Anathemas Against Origen, Quinto Concílio Ecumênico (Schaff, Philip, "The Seven Ecumenical Councils", Nicene and Post-Nicene Fathers, série 2, vol. 14. Edimburgo: T&T Clark)
  21. The Anathematisms of the Emperor Justinian Against Origen (Schaff, op. cit.)
  22. a b c Encyclopedia Americana, vol. 2 Danbury, Connecticut: Grolier Incorporated, 1997. ISBN 0-7172-0129-5.
  23. St. Cyril of Alexandria. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  24. Edward Gibbon. History of Decline and Fall of the Roman Empire (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. 4. capítulo 47, parte 2
  25. See Cajetan Baluffi, The Charity of the Church, trans. Denis Gargan (Dublin: M H Gill and Son, 1885), p. 39 and Alvin J. Schmidt, Under the Influence: How Christianity Transformed Civilization (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 2001), p. 152
  26. a b St. John Chrysostom. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  27. St. Gaudentius. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  28. Meredith, Anthony. The Cappadocians (p. 22.). Crestwood, NY: St. Vladimir's Seminar Press, 1995. ISBN 0-8818141-112-4
  29. a b c d St. Basil the Great. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  30. J. D. Mansi, Sacrorum Conciliorum nova et amplissima colectio.
  31. Murphy, Margaret Gertrude. St. Basil and Monasticism: Catholic University of America Series on Patristic Studies, Vol. XXV p. 94.. Nova York: AMS Press. ISBN 0-404-04543-x
  32. a b St. Gregory of Nyssa. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  33. St. Peter of Sebaste. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  34. Liturgy of the Hours Volume I, Proper of Saints, January 2.
  35. a b McGuckin, John (2001) Saint Gregory of Nazianzus: An Intellectual Biography, Crestwood, NY, p. xxi e xxiv
  36. For example, see Michael O'Carroll, "Gregory of Nazianzus" in Trinitas (Wilmington, DE: Michael Glazier, Inc, 1987).
  37. a b Cross, F. L., ed. The Oxford Dictionary of the Christian Church. New York: Oxford University Press. 2005, article Tertullian
  38. a b Tertullian. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  39. [1] Vincent of Lerins in 434AD, Commonitorium, 17, describes Tertullian as 'first of us among the Latins' (Quasten IV, p.549)
  40. Pope Callistus I. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  41. St. Cyprian of Carthage. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  42. McBrien, Richard P. "Pope Cornelius, a reconciler, had a hard road." National Catholic Reporter 40.41 (24 de setembro de 2004): 19(1). General OneFile. Gale. Sacred Heart Prepatory (BAISL). 5 de dezembro de 2008 <http://find.galegroup.com/ips/start.do?prodId=IPS>.
  43. a b St. Ambrose. Catholic Encyclopedia; New Advent.
  44. Ambrose of Milan, De Spiritu Sancto, III, 11,79-80
  45. Philip Schaff (ed.), Nicene and Post-Nicene Fathers of the Christian Church , Volume 3, Second Series, T. & T. Clark, 1991 P. 384.
  46. St. Jerome. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  47. Durant, Will. Caesar and Christ: a History of Roman Civilization and of Christianity from Their Beginnings to A.D. 325. Nova York: MJF Books, 1992. ISBN 1567310141
  48. Letter 43 Chapter 9. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  49. Letter XIV. Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  50. Pope St. Gregory I ("the Great"). Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.
  51. St. Gregory the Great. Site da Igreja Católica Saint Charles Borromeo. Página visitada em 14-11-2009.
  52. Dag Øistein Endsjø Primordial landscapes, incorruptible bodies. Desert asceticism and the Christian appropriation of Greek ideas on geography, bodies, and immortality. New York: Peter Lang 2008.
  53. Pope St. Gregory I ("the Great"). Catholic Encyclopedia; New Advent. Página visitada em 22-1-2010.

[editar] Ligações externas