BRASÍLIA- A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o governo não vai tolerar que a máquina pública federal seja utilizada em favor de partidos nas eleições.
O recado foi dado em reunião do Conselho Político, no Palácio do Planalto. O conselho é formado por líderes e presidentes dos partidos da base aliada.
A informação foi confirmada pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, que deixou o Ministério do Trabalho em dezembro após denúncias de corrupção na Pasta.
“No final, a presidente deu um recado para todos de que as eleições não podem dividir a base aliada e que não vai permitir que a máquina seja usada para beneficiar qualquer partido”, declarou.
Lupi disse que sua relação com a presidente Dilma não foi abalada após deixar o Ministério do Trabalho. “Continuo acreditando e apostando neste governo. Somos da base aliada, apostamos muito no sucesso do governo e, independentemente de cargo, nós acreditamos no processo”, afirmou.
Carlos Lupi confirmou que o PDT tem três indicações para o ministério, hoje comandado pelo ministro interino Paulo Roberto Pinto: o secretário-geral do partido, Manoel Dias, e os deputados Vieira da Cunha (RS) e Brizola Neto (RJ). Ele ressaltou que não há um favorito e que a decisão final é da presidente.
Lupi não quis comentar a decisão da Comissão de Ética Pública de abrir procedimento preliminar para investigar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, acusado de prestar consultorias irregulares antes de assumir o cargo.
Sancionado pelo Conselho de Ética com uma "recomendação" de demissão, o presidente do PDT disse apenas que é preciso garantir o direito de defesa, o que segundo ele, lhe foi negado. “Eu fui sumariamente julgado, prejulgado sem nenhuma prova contra mim, que até hoje não existiu”, afirmou Carlos Lupi.
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