Contra Circo e Pão, Porrada e Fome é o Que Eles Têm na Mão
A moda oposicionista agora se apega à crítica dos eventos promovidos pela prefeitura. Descobriram a pólvora e encontraram uma solução belezinha (tipo aqueles miraculosos produtos das Organizações Tabajara) para todos os problemas da Chapada.
Segundo eles, se a prefeitura deixar de aplicar dinheiro em eventos, não iria mais faltar merenda escolar, remédios, médicos, luz em poços e etc.
Critiquei com veemência o São João pela mesmice das atrações e – embora tenha um axé e um sertanejo, pra variar – continuo execrando a falta de um MPB ou pop rock. Mas dai a imaginar que este recurso salvaria a lavoura da falta crônica de verba para serviços básicos que afeta não só Chapadinha é argumento tão fraco que só expõe ainda mais o caos administrativo que foi a passagem da oposição no governo.
Como não lembro de atrações culturais em Chapadinha além da “Radiola do Castelo de Som” na época do ex-prefeito Isaías, fico a imaginar que raio de gasto produziu, em números bem maiores, os mesmo problemas de hoje, com o acréscimo de que não conseguiam nem cumprir a obrigação de pagar os salários dos servidores em dia. Os mais novos não viveram e os que chegaram depois não sabem que aqui os que reclamavam apanhavam em praça pública e funcionários da prefeitura levaram calote de 9 meses de salário: o acusado espetáculo do Pão e Circo de agora, dava lugar ao drama da Porrada e da Fome.
O que move a gritaria destes é o ledo engano de que os shows possam render votos a ponto de redimir gestões nefastas e fazer esquecer problemas. Efeito compreensível e certamente brutal para um tipo de eleitor que aceitava e idolatra atualmente os administradores daquele tempo em que faltava tudo, inclusive festa.
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