Moradores do São Cristóvão são surpreendidos com cobra jiboia no quintal de casa

Uma jiboia de 2,20m foi encontrada na tarde de ontem no quintal de uma casa no São Cristóvão. Maria Mendes, 67, foi limpar o quintal da casa do filho por volta das 14 horas e encontrou a serpente atrás do reservatório de água. Maria Mendes é moradora do bairro há trinta anos e afirma que esses casos não eram freqüentes, porém há sete meses ouve denuncias dos moradores sobre uma criação de cobras em uma oficina mecânica ao lado da residência onde o filho mora. Desde então as casas da rua tem sido visitadas pelas cobras que normalmente aparecem durante a tarde.

A proprietária da oficina, Maria José Pereira, 61, afirma que a cobra apareceu lá há um ano e ela nunca ligou para o Ibama para ser feita a apreensão do animal. Maria José diz que a cobra nunca fez mal a ninguém, e que come os ratos do local, por isso ela a mantinha ali. Ela nega a acusação dos moradores de que em sua oficina existem mais cobras e que são elas que têm perturbado a paz da vizinhança. Porém afirma que a encontrada no quintal da casa pode ser a de sua oficina.

José Afonso mora com a esposa e três filhos na casa, entre eles um bebê e diz se sentir ameaçado com a presença das cobras na redondeza. "Meus filhos são pequenos e não posso deixá-los correndo risco" diz ele. Darlene Ribeiro, 24, é vizinha da casa onde a jiboia foi encontrada, conta que a mãe acaba de se recuperar de um derrame e entrou em pânico ao saber da presença da cobra na casa ao lado. Foi Darlene que ligou para o Corpo de Bombeiros para buscarem o animal. O chamado só foi atendido no inicio da noite e a jiboia foi levada para a Reserva do Itapiracó no Turu.

Apesar de não ser venenosa, a jiboia mata suas presas por constrição, ou seja, após o bote se enrola em torno da vítima contraindo sua forte musculatura e a estrangula, causando a morte por sufocamento. Têm hábitos noturnos, mas eventualmente agem durante o dia, carnívoras alimentam-se principalmente de aves e roedores. Ao se sentir ameaçada podem atacar e seu abraço é fatal.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) elas só podem ser domesticadas se legalizadas e criadas desde filhotes. Os moradores de toda região cobram uma intervenção do Ibama para que haja uma inspeção no local para certificar a existência de outras cobras na oficina de Maria José Pereira, visto que não é a primeira vez que acontece esse tipo de caso e todos têm vivido amedrontados com as aparições de cobras nas residências.

Prejuízo animal

A dona-de-casa Maria Mendes, 67, é proprietária de kitenetes ao lado da oficina onde segundo os moradores da região existe uma criação de cobras. Ela diz que por causa dessas invasões tem perdido inquilinos e prejudicado seu orçamento familiar. Ela foi a primeira a encontrar o animal no quintal da casa e após o susto ela tentou falar com o alguém do Ibama, entretanto não teve retorno. Acredita que precisa ser feita uma fiscalização na área para capturar outras serpentes, pois não foi o primeiro caso de cobras encontradas em casas da região.

Mariana Martins
Publicação: 25/06/2011 09:30