terça-feira, 11 de março de 2014

PRA MIM COMO MARANHENSE RESIDENTE EM MANAUS, É A PIOR VERGONHA SABER QUE UMA DAS CIDADES CARTÃO POSTAL DO MUNDO ESTÁ COM DUAS PRAIAS INTERDITADAS PORQUE OS ESGOTOS DE SÃO LUIS DESCARREGAM-SE EM CALHAU, E SÃO MARCOS VAI SE VER QUE ESTÃO É TODAS AS PRAIAS CHEIA DE COLIFORMES FECAIS E O POVO DO MARANÃO AINDA TEM CORAGEM DE VOTAR NO GRUPO SARNEY? ENTÃO VOCÊS ELEITORES DO MARANHÃO GOSTAM MESMO DE SOFREREM, E SEREM HUMILHADOS .

Duas praias estão impróprias para banho em São Luís.De acordo com o laudo da Sema elaborado a partir de amostras coletadas durante um mês, as praias São Marcos e Calhau não possuem condições de banho

Michel Sousa
Publicação: 11/03/2014 14:46 Atualização: 11/03/2014 14:56

A avaliação da qualidade da água foi realizada com auxilio de indicador microbiológico  (DIEGO CHAVES/OIMP/DAPRESS)
A avaliação da qualidade da água foi realizada com auxilio de indicador microbiológico
No litoral da Grande São Luís apenas as praias de São Marcos e Calhau continuam impróprias para banho e devem ser evitadas pela população, segundo divulgação de novo relatório de monitoramento semanal sobre a balneabilidade divulgada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema). O documento, publicado no site da Sema, também alerta sobre a continuidade da interdição das fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema e Claro.

O laudo é o resultado de coletas e analises de amostras de água de dezessete pontos distribuídos nas praias da Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau, Olho d’Água, Praia do Meio e Araçagy. As informações foram coletadas no período de 2 de fevereiro a 2 de março deste ano e fazem parte da série de acompanhamentos realizadas na orla das praias da Grande São Luís. A ação foi empreendida por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacem). Até janeiro as duas praias foram consideradas adequadas a uso pelo mesmo processo de avaliação.

A avaliação da qualidade da água foi realizada com auxilio de indicador microbiológico (Escherichia Coli) para quantificar a quantidade de bactérias a cada 100 mililitros de água do mar de água colhidas em situação de maré baixa e na isóbata de um metro. Para isso, utilizou-se o método substrato cromogênico definido.

Os últimos laudos emitidos mostram que as condições de banho nas praias da capital têm melhorado significativamente. Em março de 2012, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) divulgou relatório informando que todas as praias de São Luís estavam impróprias para banho. Atualmente, apenas duas delas estão nessa situação. os cinco trechos das fozes de rios ainda estão impróprios.

A nota da Sema garante ainda que “o monitoramento obedece aos padrões fixados na Resolução CONAMA nº 274/00, segundo a qual, as águas das praias serão consideradas próprias, quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo local, houver no máximo 800 E.coli/100 mL (NMP - Número Mais Provável). As águas das praias serão consideradas impróprias, quando não atenderem aos critérios anteriores, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2000 E.coli/100 mL (NMP)”.

Despoluição
Para reverter o problema o Governo do Maranhão assinou uma ordem de serviço para início das obras de despoluição das praias de São Luís. O objetivo é ampliar o Sistema de Esgotamento Sanitário da capital. As obras se concentram na sub-bacia do Rio Canaã (Rio Calhau) e vão melhorar a balneabilidade das praias do Calhau e Olho d´Água. As obras fazem parte de um convênio entre o Governo do Estado e o Ministério do Turismo (MTur) e estão orçadas em R$ 10 milhões.

A despoluição das praias de São Luís vai beneficiar a população do estado, já que, de acordo com uma pesquisa do MTur, 70% dos turistas que chegam à capital maranhense são do interior e vêm à procura de lazer nas praias.

SAIBA MAIS
O lixo descartado, a ocupação desordenada no entorno das praias e o lançamento do esgoto são as causas mais normais de poluição da orla marítima. Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), 48% do esgoto de São Luís são coletados.

Atualmente, São Luís tem apenas duas ETEs em funcionamento. A do Jaracati, inaugurada em dezembro de 2003, que recebe os esgotos oriundos dos domicílios e estabelecimentos comerciais instalados na Avenida Litorânea, Calhau, Lagoa da Jansen, partes do São Francisco e do Renascença; e a do Bacanga, inaugurada em julho daquele mesmo ano para atender a 115 mil pessoas em diversos bairros da capital que fazem parte da Bacia do Rio Bacanga. Juntas elas tratam apenas 10% de todo o esgoto produzido na capital.

Entenda o caso
22 de março de 2012

A 8ª Vara da Justiça Federal deu prazo de 15 dias para o Governo do Estado divulgar as condições de balneabilidade das praias de São Luís.

25 de março de 2012

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) divulgou laudo informando que todas as praias de São Luís estavam impróprias para banho.

18 de maio de 2012
Sema conclui a instalação das placas que informavam a interdição das praias da capital.

19 de maio de 2012

Caema iniciou trabalho de monitoramento dos trechos das praias que foram interditados.

21 de junho de 2012
Novo relatório da Sema informou que apenas as praias de Juçatuba e Panaquatira, em São José de Ribamar, estavam próprias para banho.

11 de julho de 2012
Condições das praias fazem com que setor hoteleiro registre ocupação de apenas 65% durante o período das férias.

6 de agosto de 2012
Representantes do MTur se reúnem com diretores da Caema e secretários estaduais para discutirem a liberação de recursos para projetos de saneamento na cidade.

13 de setembro de 2012
MTur anuncia a liberação de R$ 30 milhões para serem aplicados na despoluição das praias da orla de São Luís.

2 de outubro de 2012

O Ministério Público Federal intima a Caema a comprovar as medidas tomadas para a despoluição das praias da Ilha de São Luís.

11 de outubro de 2012
Governo do Estado divulga laudo informando que a orla de São Luís está própria para banho.

28 de dezembro de 2012
Movimento nas praias de São Luís voltou a ser intenso ao longo de 2013

Outubro de 2013

Assinada ordem de serviço para início das obras de construção da ETE do Rio Canaã para despoluir as praias do Calhau e Olho d´Água.

Novembro de 2013
Sema divulga novo laudo afirmando que cinco pontos da orla ludovicense permanecem impróprios para o banho. O Rio Pimenta, a praia do Caolho e o Rio Calhau, aparecem entre os maiores focos de poluição.

Dezembro de 2013
As fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema e Claro são os únicos pontos interditados pela Sema, de acordo com relatório após testes realizados no período de 24 de novembro a 22 de dezembro de 2013.

Janeiro de 2014
Os trechos nas proximidades das fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema e Claro continuam interditados.

Fevereiro de 2014
As praias do Calhau e São Marcos reaparecem como impróprias para banho. Trechos nas proximidades das fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema e Claro continuam interditados.

Março de 2014

As praias do Calhau e São Marcos continuam impróprias para banho. Trechos nas proximidades das fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema e Claro continuam interditados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário