segunda-feira, 14 de maio de 2012

É DRAMÁTICA A SITUAÇÃO DOS AMAZONENSES -Cheia do Rio Negro já atingiu 72% dos municípios do AM

De acordo com dados do Subcomando de Ações de Defesa Civil do Amazonas, são mais de 71 mil famílias atingidas.
[ i ] Lábrea foi um dos primeiros municípios a declarar situação de emergência Foto: Camilo Morato / Divulgação Lábrea foi um dos primeiros municípios a declarar situação de emergência
Mais de 72% dos municípios do Amazonas decretaram estado de emergência  com 45 cidades do interior Afetadas pela enchente deste ano, de acordo com as atualizações do Subcomando de Ações de Defesa Civil do Amazonas (Subcomadec). No total, são 71.377 mil famílias atingidas.
No município de Anamã, distante 165 quilômetros de Manaus, todas as ruas da sede do município estão alagadas. A situação é uma das mais críticas do Amazonas. São 31 escolas  na  zona rural e urbana da cidade que estão paralisadas, afetando diretamente aproximadamente 4 mil alunos da rede pública.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, José Luiz Batista, a Prefeitura de Anamã tem feito o que pode para ajudar os munícipes, com distribuição de tábuas para construção de assoalhos, canoas e sacolas de lixo.
Luiz afirmou que as famílias em estado crítico estão sendo removidas para prédios públicos, flutuantes e até barcos alugados. “No total temos 7.500 famílias afetadas diretamente e estamos organizando tudo para que haja atendimento necessário no município”, afirmou.
Os atendimentos médicos estão sendo realizados em casas flutuantes, balsas e, em casos de extrema necessidade, no hospital da cidade, que também já começou a sofrer com a cheia no município.
Em Coari, as águas do Lago Coari, vindas do rio Solimões começaram a invadir as ruas na sede municipal. Nas pequenas comunidades do interior, ribeirinhos construíram marombas para fugir do efeito da cheia.
O município de Codajás ainda aguarda ajuda humanitária após decretar situação de emergência recentemente. Moradores contam que as ruas próximas à entrada da cidade estão intrafegáveis.
De acordo com o comerciante Ismael Bastos, as águas do rio Solimões estão cercando a cidade por igual. “Muitas famílias já estão de mudança para bairros altos da cidade e esperamos que tudo se resolva em breve e que chegue logo o período da vazante”, declarou.
Com 95% de área de várzea, o município Careiro da Várzea enfrenta diversos problemas, que vão desde paralisação das 18 escolas públicas até a interdição de cinco postos de saúde. Cerca de 150 pessoas estão sem atendimento médico diário e 1.344 alunos estão fora das salas de aula.
A Subcomadec já atendeu 32 municípios com ajuda humanitária, distribuindo cestas básicas, kits de higiene e medicamentos, totalizando 130 toneladas de produtos. Além disso, o Governo do Estado está liberando R$ 400 por família com o cartão Amazonas Solidário, criado para ajudar as vítimas da cheia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário