terça-feira, 31 de maio de 2011

A OPOSIÇÃO DE OLHO NA BASE GOVERNISTA

Publicação: 31/05/2011 10:10 Atualização: 31/05/2011 11:56
Com o fim, ao menos aparente, da batalha fratricida que dividia internamente DEM e PSDB, os dois partidos apostam na crise na base aliada entre PT e PMDB para tentar atrair partidos menores com vistas às eleições municipais de 2012. Estão na alça de mira as legendas que, costumeiramente, mantêm um pé na canoa governista e outro na oposicionista. Siglas como PTB, PP, PR e PV. "Até o fim de semana, os comandos dos partidos não estavam nítidos. Agora é possível fazer uma ação coordenada entre partidos e fundações e vamos propor ao presidente Sérgio Guerra uma reunião com o intuito de estabelecer uma linha para as eleições de 2012", afirma o presidente do DEM, José Agripino Maia.

A ideia é tentar recuperar o tempo desperdiçado de combate efetivo contra o governo em função do desarranjo sofrido depois que as siglas da oposição perderam deputados e senadores para o recém-criado PSD e entraram em parafuso pela sucessão nos comandos do partido. Com os rumos desenhados, os dois principais partidos em rota de colisão com o Palácio do Planalto, DEM e PSDB, articulam uma ação conjunta para tentar ganhar terreno na fragilidade do governo.

A cartilha rezada por tucanos e demistas para 2012 deve ser a mesma das últimas eleições: aliança preferencial e apoio automático à legenda com maiores chances de vitória, especialmente nos municípios maiores. Em relação ao Congresso, a regra será manter o tom elevado contra as fragilidades governistas. No sábado, durante a convenção tucana, pela primeira vez dirigentes do partido decidiram colocar na alça de mira a evolução patrimonial do titular da Casa Civil, Antonio Palocci. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, chegou a cobrar o ministro para que ele explique "o que fez e para quem fez".

Por isso, diante da fragilidade de articulação do governo, a própria oposição decidiu que o momento é de atuar no sentido de prolongar a crise governista. "Tivemos o absurdo de o presidente Lula vir e ter de intervir na relação do governo com a base pela incapacidade de articulação política do governo. Sua principal figura ainda está envolvida em fatos que o governo quer encobrir, de práticas pouco usuais. O momento agora é de avançar sobre o governo", aponta o secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro

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